Na tarde de sexta- feira dia 03 de junho, manifestamos em conjunto com alguns movimentos sociais, sendo eles a a Resistência Popular, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e Punks reunidos em frente ao Edel Trade Center - onde fica a Embaixada do Peru, para protestar contra o Plano IIRSA e relembrar que no dia 05 de junho completa dois anos do massacre indígena em Bagua, localizada na Amazônia Peruana. Em 2009 foram assassinados dezenas de indígenas que protestavam contra a exploração dos recursos minerais e petrolíferos exatamente numa região impactada pelo IIRSA.
Para contextualizar :
Desde a Cúpula de Presidentes da América do Sul, realizada em Brasília entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro de 2000, está em curso um silencioso processo de integração física denominado IIRSA – Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana que tem por finalidade a “promoção do desenvolvimento da infraestrutura de transporte, energia e comunicações, de forma sustentável e equitativa” (Ministério do Planejamento, Brasil).
A partir desse encontro foi encaminhado um estudo desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com a colaboração da Corporação Andina de Fomento (CAF) e do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA) no qual foram definidos os nove Eixos de Desenvolvimento da IIRSA – são faixas geográficas que abrangem vários países que possuem ou concentram potencial para desenvolver bons fluxos comerciais – quatro destes atingem diretamente a região amazônica nos países onde ela está localizada. Nestas regiões serão instalados megaempreendimentos tais como: grandes rodovias, hidrelétricas e usinas que terão impactos sociais e ambientais sem precedentes.
Passados onze anos da reunião que criou a IIRSA poucas pessoas na América do Sul têm conhecimento de sua existência e de que ela está em andamento, porque não há interesse que esta discussão se torne pública, sendo mais fácil executá-la em reuniões fechadas e com poucos integrantes poderosos, como tem acontecido até hoje. É estratégica também a opção de não consultar a sociedade civil, dos 12 países envolvidos nessa iniciativa, sobre que tipo de integração desejam para seus países?
A proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro recentemente aprovada contribui para agilizar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da IIRSA que juntas irão afetar mais da metade da área total das unidades de conservação ocupadas por populações tradicionais como indígenas e quilombolas entre outros, que sobrevivem conservando a biodiversidade.
Manifestações em outras cidades brasileiras e em vários países da América Latina estão previstas para os próximos dias, resultado de acordos cosntruído no ELAOPA - Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas, que este ano ocorreu em São Paulo.Neste link veja um vídeo onde registra uma dos confrontos que levaram a morte de dezenas de indígenas
http://youtu.be/X0shiOMiKVM
Pintar e Lutar!!!!
Um comentário:
Amigos gracias por tener muy claro lo que está sucediendo en Brasil como en el resto de Nuestra América. El plan IIRSA fue designado para apoderarse de nuestras riquezas, y a la vez ellos están dispuestos a defenderlas usando todos sus maquiavelicos planes, retornando si fuera necesario al Plan Condor. Es bueno tener una visión no 'oficial', y sumamente necesario. Es por este motivo que comparto vuestra página en mi blog www.pelusaradical.blogspot.com
Les saluda desde Suecia, una hermana Oriental del Uruguay, que como ustedes ven el rumbo del progresismo. Hasta siempre
Lidia Amelia
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