Na tarde desta quarta-feira, dia 27 de Agosto, o fascismo mostrou novamente a sua cara na UFRGS. Um grupo de estudantes identificados com os princípios do nazi-fascismo, sabotou a intervenção no prédio da Letras, jogando tinta sobre o graffiti que questionava o atual caráter da Universidade.Embora grotesco, este ato deixa transparecer as reais motivações que levaram à abertura dos processos contra os nossos ativistas que realizaram a pintura. A contestação levantada contra o mural se baseava no argumento de que o graffiti seria um “ato de vandalismo”, e, portanto, deveria ser enquadrado como “dano ao patrimônio público”.
Após o arquivamento do processo, o mesmo grupo de estudantes que alegava zelar pelo patrimônio da Universidade jogou um balde de tinta sobre a parede do prédio da faculdade de Letras, destruindo o mural.
Diante disso, cabe indagar: quem são os vândalos? Os que provocam o diálogo através da arte ou os que silenciam o debate sabotando uma manifestação político-cultural?
Torna-se evidente que o que sempre esteve em jogo nesta polêmica não era o respeito às normatizações da UFRGS, mas sim o conteúdo político da intervenção. O comportamento fascista de uma parte dos estudantes desta universidade reafirma a pertinência da pergunta que motivou a intervenção. Afinal, é para isto que serve o conhecimento produzido pela UFRGS?
Coletivo Muralha Rubro Negra
Levante Popular da Juventude
3 comentários:
pior que o caras nao são nazi-facistas
Nazistas, Facistas e Comunistas são vocês, que não respeitam as instituições democráticas e vêm sempre com o velho e carcomido discurso carregado de preconceito de classe. Militantes pelegos da reitoria!
Olá:
Inteirei-me do ocorrido hoje (28/08/08) em sala de aula.
Enquanto estudante do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas desta universidade e apreciadora de arte contemporânea -- sobretudo as intervenções urbanas -- gostaria de dizer que estou satiseita com o resultado dessa polêmica pelos seguintes motivos:
1) as questões sobre as quais (freqüentemente) refletimos em sala de aula conseguiram ser traduzidas numa frase bastante objetiva e num grafitti bacana, ultrapassando "os diversos muros";
2) a proposta do Coletivo Muralha (...) pareceu-me coerente e legítima;
3) para mim, é notória a perseguição política em pauta;
4) concordo com a argumentação elaborada pelo coletivo. apenas observaria o tom do discurso e substituiria algumas expressões para não dar margem para comentários como este supracitado ("anderson_no_cepe").
5) toda a repercussão na mídia, mesmo que de maneira tendenciosa e conservadora -- como já era "esperado" pelo próprio veículo em que sairam --, na minha opinião, foram positvas. Ao menos, houve um debate e as pessoas 'obrigaram-se' a pensar a problemática.
Cordialmente,
Priscila Rodrigues Borges
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