Embora já tenha sido condenado em primeira instância e declarado torturador na ação movida pela família Teles, em 2007, o coronel reformado do Exército brasileiro, Carlos Alberto Brilhante Ustra havia conseguido paralisar e fazer extinguir o primeiro processo movido pela família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, em 2008, valendo-se de um artifício jurídico acatado pelo Tribunal de Justiça. Neste segundo processo, ele tentou a mesma coisa mas não conseguiu.
Desta vez o juiz da causa marcou para o dia 27 de julho próximo, às 14h30, no Fórum João Mendes, no centro de São Paulo, a audiência das testemunhas na ação movida pela família de Merlino, acusando o cel. Ustra de responsável pela morte sob tortura desse jornalista, em julho de 1971, nas dependências do Doi-Codi.
No mês em que se completam 40 anos deste assassinato serão ouvidas testemunhas que presenciaram a tortura e morte de Merlino, como os ex-militantes do POC (Partido Operário Comunista), organização na qual Merlino militava, Otacílio Cecchini, Eleonora Menicucci de Oliveira, Laurindo Junqueira Filho, Leane de Almeida e Ricardo Prata Soares, o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vanucchi, e o historiador e escritor Joel Rufino dos Santos.
Entre as testemunhas de defesa arroladas por Ustra, que serão ouvidas por carta precatória, estão o atual presidente do Senado e ex-presidente da República, José Sarney, o ex-ministro Jarbas Passarinho, um coronel e três generais da reserva do Exército brasileiro.
JUSTIÇA PARA MERLINO!
Audiência testemunhas da ação contra o coronel Ustra - Dia 27 de julho, às 14h30 Fórum João Mendes, Praça João Mendes, Centro de São Paulo
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