MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA!!!
Não esquecemos e nem perdoamos! No dia 1° de abril de 1964 o Brasil sofreu um golpe militar, comandado pelas forças armadas, em aliança com setores de direita. A partir deste ano o Brasil começa a viver um sistema de horror, com os militares no poder as repressões contra a população e as violações dos direitos humanos começaram a se tornar cada vez mais fortes. A cada manifestação social, prisões, torturas, assassinatos e desaparecimentos. Amparados pelos organismos de inteligência, novos órgãos de repressão política (Oban, DOI-CODI) entre outros, "vieram os anos de chumbo". Passamos a vivenciar durantes anos episódios de intolerância, de prisões sem possibilidade de defesa e agressões terríveis que abalavam não somente o estado fisíco das pessoas. Um ano depois do golpe militar várias leis foram implementadas para dar suporte a tal covardia e, é o caso da Lei de Segurança Nacional que enquadrava como inimigos da pátria aqueles e aquelas que se opunham a ditadura militar, mas a resistência começava cada vez mais ganhar as ruas. Gigantescas mobilizações populares, passeatas de estudantes, greves de operários, assim como manifestações de pessoas religiosas contra a fome e a tortura. Toda esta resistência do povo em luta por democracia e liberdade, provocou mais uma reação furiosa do governo militar, que no ano de 1967 anunciou o Ato Institucional n° 5 (o AI-5), um dos mais terríveis instrumentos de força e poder lançado pelo regime militar. Mas, a repressão ainda aumentaria, os meios de comunicação, como os jornais, revistas, livros discos, musicais, peças de teatro, eram vigiados pela polícia e tudo severamente censurado. Os corações apaixonados por liberdade nunca puderam se dobrar a tal condição de silêncio. Não podemos perdoar os criminosos da ditadura, assim como não devemos esquecer de todas e todos que perderam a vida nas mãos dos militares e seus aliados. Diferentemente dos demais países da América Latina, o Brasil certamente é o recordista de impunidade aos criminosos da ditadura. Os processos que poderiam ser movidos contra estes milicos torturadores são proibidos pela Lei da Anistia, mas, precisamos fazer lembrar que isto afronta inclusive a instituição, segundo a qual "crimes de trotura não podem ser objetos de graça ou anistia, uma vez que são crimes contra a humanidade." Sabemos que, se os arquivos os arquivos da ditaduras forem abertos e conhecidos, também serão conhecidos seus executores e ao contrário do que muitos dizem, uma grande parte destes criminosos está viva e seus cargos assegurados em todas as esferas políticas e militares. O fato curioso é também que, uma ex-guerrilheira que lutou contra a ditadura, torturada, chega a presidência passando a mão na cabeça de seus torturadores, assim como na cabeça dos assassinos de seus companheiros. O tema dos Direitos Humanos foi abafado, com um silêncio estúpido, que afronta nossa dignidade quando negam a possibilidade de fazer justiça. Não consideramos a posição dos militares ou mesmo dos ditos governos progressistas, de que os fatos da ditadura estão superados. Pelo contrário, queremos que a investigação aconteça e que os arquivos sejam abertos. Precisamos romper com esta impunidade que deixa seus resquicíos até os dias de hoje, como é o exemplo prática das polícias e brigadas militares que: reprimem, prendem, perseguem, matam, violam, torturam...E nós vivemos em democracia? Não vamos aceitar mais este pacto de silêncio! Por atitudes como estas que nos dias de hoje, assistimos, a maioria de forma pacifica, a brigada militar matar um trabalhador do campo que lutava por terra com tiros de calibre 12 pelas costas, Eltom Brum da Silva, integrante no MST há quase dois anos atrás. Precimos lembrar, doa a quem doer que estas marcas ainda sangram como ferida aberta! Até que a justiça possa ser feita estaremos fazendo lutas por Memória, Verdade e Justiça!
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